Deputado Renato Roseno pede diálogo da administração superior da UFC com estudantes acampados na Reitoria

02/09/15 14:00

Aglomeração de estudantes com cartazes

A Reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC) foi ocupada no fim da tarde dessa terça-feira (1º). Estudantes se manifestaram contra os cortes de verbas que atingem diretamente o cotidiano da Universidade, principalmente no tocante à assistência estudantil. O deputado estadual Renato Roseno (PSOL) fez pronunciamento nesta quarta-feira (2) na tribuna da Assembleia Legislativa falando dos impactos do ajuste fiscal do Governo Federal sobre as instituições de ensino superior e pedindo aos dirigentes da UFC que dialoguem com os universitários da ocupação.

"Houve cortes da presidenta Dilma Rousseff da ordem de R$ 9 bilhões do orçamento do MEC. Isso representa, sobretudo, um impacto negativo no custeio das Universidades. Este ano há um corte de 50% de investimento e de 10% de custeio", apontou Renato Roseno, referindo-se à redução orçamentária no Ministério da Educação, que libera os recursos para as universidades públicas federais. Ele, o vereador João Alfredo e vários advogados estiveram na Reitoria da UFC ocupada, ainda nessa terça-feira, com o objetivo de auxiliar nas negociações com a administração superior da instituição.

"Quero, aqui, de público, requisitar ao reitor em exercício, professor Custódio (Almeida), e ao pró-reitor de Assuntos Estudantis, professor Ciro (Nogueira), para que possam, de fato, dialogar com os estudantes para acolher as demandas mais que legítimas por assistência estudantil, melhoria das bolsas e pela defesa da universidade pública. Quero pedir que o professor Custódio receba os estudantes que estão com uma pauta legítima em defesa da assistência estudantil e da universidade pública gratuita", reforçou o deputado estadual.

Durante o pronunciamento, Renato Roseno destacou que a ocupação na Reitoria da UFC não envolveu atos de vandalismo. "Mais uma vez, coloco aqui que não se tratou de quebradeira, não se tratou de ato criminoso, mas, sim, de um direito legítimo dos estudantes. Eles, em nível nacional, reclamam contra cortes do Ministério da Educação, contra esse ajuste fiscal".

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