Dia Mundial de Luta contra a Aids: por mais políticas de prevenção e assistência na capital e no interior

02/12/15 13:51

Manifestação pelo fortalecimento da unidade de referência no atendimento a pessoas com HIV/Aids no Ceará: conjunto de camisinhas formam as palavras Socorro ao São José

Em alusão ao Dia Mundial de Luta contra a Aids, 1º de dezembro, o deputado estadual Renato Roseno (PSOL) cobrou na tribuna da Assembleia Legislativa mais políticas de prevenção e assistência pelos poderes públicos municipal e estadual. “Eu me junto aos que fazem o ativismo de enfrentamento da epidemia do HIV/Aids, pela passagem do Dia Mundial, 1º de dezembro, para reclamar, aos gestores públicos do Estado e do Município de Fortaleza, por mais políticas de prevenção, de assistência, direito à saúde, direito a uma vida digna a todos e todas. Se trata de uma questão de direitos humanos", afirmou.

No Ceará, foram registrados 15.072 casos de Aids até novembro de 2014, segundo a Secretaria da Saúde do Estado, desde o primeiro caso conhecido da doença em 1983, sem contar com os casos que não são notificados. "Temos visto um aumento da contaminação entre os mais jovens, especialmente entre os adolescentes. Há um crescimento da contaminação nessa faixa etária, sobretudo por não estar havendo diagnóstico precoce na rede pública com capacidade, portanto, de antecipar possíveis danos", destacou o parlamentar do PSOL.

Renato Roseno solicitou uma maior atenção do Governo do Estado para o equipamento de referência no tratamento de pessoas com HIV/Aids, o Hospital São José de Doenças Infecciosas. "Eu queria, aqui, mais uma vez - já fiz isso em outros momentos - demandar, exigir e reivindicar à Secretaria da Saúde do Estado do Ceará uma atenção redobrada, fortalecimento do nosso principal equipamento, o Hospital São José - falei, inclusive, no começo de novembro, do fechamento do hospital-dia", relembrou, acrescentando a necessidade de fortalecer políticas de prevenção, principalmente no interior do Estado, e ações articuladas com os principais beneficiados.

As cobranças foram extensivas à Prefeitura de Fortaleza. "Há exatamente um ano, o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, havia se comprometido com a população com HIV/Aids, na emissão de mil bilhetes únicos. Essa população precisa, sobretudo, acessar os serviços de saúde. Passado um ano, não mais que 280 bilhetes foram emitidos”, questionou o deputado, referindo-se ao cartão eletrônico utilizado no transporte público municipal da capital.

Pauta do Fórum do Movimento Social de Luta contra a Aids do Estado do Ceará:

1 - Separação dos Serviços CEMJA e Carlos Ribeiro que ocupam o mesmo espaço físico e não há resposta da Prefeitura de Fortaleza de quando o problema será resolvido. Além de Um concurso público que resolveria o problema dos profissionais que a maioria presta serviços por RPA, e Seleção pública.

2 - Que o Prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio assuma o que prometeu em 1º de Dezembro de 2014 1.000 (MIL) BU Bilhete Único para pessoas que vivem com HIV e até o momento apenas 220 pacientes foram atendidos.

3 - Campanhas de Incentivo ao Diagnóstico Precoce em HIV/Aids; pela prefeitura e Governo do Estado.

4 - A implementação e realização dos testes de HIV exclusivamente nos serviços de saúde com aconselhamento e encaminhamentos adequados;

5 - A não liberação da venda do teste rápido de HIV em farmácias, por não garantir o aconselhamento e encaminhamentos necessários de forma adequada;

6 - Uma assistência satisfatória, pois prevalecem os diagnósticos tardios que dificultam o tratamento, serviços de saúde despreparados e lentos, consultas e exames demorados, falta de médicos, leitos e medicamentos para IO, Infecções Oportunistas.

7 - Ações de prevenção mais eficazes nas respostas à epidemia, com novas estratégias que garantam principalmente o acesso de todos e todas à informação, a insumos e à testagem nos serviços públicos especializados;

8 - A garantia de direitos humanos de pessoas que vivem com HIV/Aids, considerando as diversas situações ainda observadas na sociedade de estigma, preconceitos e discriminação;

9 - Criação de políticas públicas voltadas para geração de trabalho e renda para as pessoas que vivem com HIV/Aids;

10 - Os recursos municipais e estadual para ações de prevenção, assistência e controle social na área de DST/Aids, fortalecendo a parceria com a sociedade civil;

11 - De forma mais categórica e entendendo ser os nossos maiores desafios, o Fórum vem não apenas defender, mas sobretudo exigir do Governo do Estado que repare o retrocesso no ano de 2015 quando extinguiu o NUPREV, existindo apenas um GT de Aids na SESA- Secretaria de saúde do Estado atitude tomada pela coordenação da COPROM, que deixou durante vários meses deste ano os serviços desabas tecidos com a forma láctea LEITE para as crianças expostas de 0 a 06 meses de idade filho de mães soropositivas. Além de não ter repassado nenhuma Cesta Básica a Central de segurança Alimentar do referido fórum. Nos últimos 08 meses.

Fonte: Fórum do Movimento Social de Luta contra a Aids do Estado do Ceará

Áreas de atuação: Saúde