Assembleia Legislativa aprova proibição do uso de canudos de plástico no Ceará

12/08/21 14:00

A luta em defesa do meio ambiente teve uma importante vitória na Assembleia Legislativa. Ainda em seu primeiro mandato, o deputado estadual Renato Roseno apresentou um projeto de lei que proibia o uso de canudos de plásticos nos estabelecimentos comerciais do estado. Neste segundo mandato, o parlamentar apresentou uma nova proposta com o mesmo teor, que acabou sendo anexado a uma outra proposta, de autoria do deputado Marcos Sobreira (PDT) e aprovada hoje em plenário. De acordo com o texto, fica permitido no Ceará apenas o uso de canudos biodegradáveis ou reutilizáveis em bares, restaurantes, hoteis e outros estabelecimentos do tipo.

"Diante da constatação do nível de danos causados por um produto, aparentemente inofensivo, como os canudos plásticos, vários Estados e Municípios brasileiros estão buscando proibir a utilização destes, os substituindo por alternativas ambientalmente corretas. Este foi o caso da cidade do Rio de Janeiro, que aprovou em 2019 projeto de lei que proíbe os canudinhos", afirma Renato, que também teve aprovada uma emenda que estende as restrições às embalagens dos canudos. . De acordo com o parlamentar, em 2017, a quantidade de plástico despejada nos oceanos foi estimada em 9,1 bilhões de toneladas; e há estudos que mostram que a quantidade de plástico jogada em aterros ou no meio ambiente chegará a 13 bilhões de toneladas até 2050.

"A ida dos resíduos plásticos para o mar, em particular, se tornou uma grande preocupação dos cientistas nos últimos anos, por causa da comprovação de que parte deste material vai para a cadeia alimentar dos peixes e de que outras criaturas marinhas ingerem pequenos fragmentos de polímeros, o que causa mortandade e graves desequilíbrios ambientais", explica Renato. Para o deputado, o projeto de lei aprovado hoje, que aproveita o texto anterior quase na íntegra, busca auxiliar na mudança de hábitos que prejudicam o meio ambiente. "Atualmente no mercado há opções ambientalmente corretas que podem perfeitamente substituir esse material", defende.

Áreas de atuação: Meio ambiente