Em retorno da AL, Renato se solidariza com vítimas da Covid-19 e alerta para desigualdade social

24/07/20 11:00

No primeiro pronunciamento feito após o retorno das atividades presenciais no plenário da Assembleia Legislativa do Ceará, na manhã da última quinta-feira (23), o deputado estadual Renato Roseno (PSOL) se solidarizou com as 83 mil famílias brasileiras que perderam seus entes para o coronavírus de 16 de março até hoje. O parlamentar também alertou para o aprofundamento da desigualdade social durante a pandemia.

“Nossa geração foi atravessada por uma crise de caráter planetário que não atingiu a todos da mesma maneira. Nossa sociedade, baseada no acúmulo de riquezas e consumismo desenfreado, assiste a uma crise sanitária, social, econômica, política e ambiental por conta da desigualdade”, destacou Renato, que ressaltou que, no Ceará, a desigualdade social ficou “escancarada” com a pandemia do Covid-19. “Desigualdade não apenas de renda, mas de acesso, poder e condições de vida”, disse.

O deputado criticou o Governo Federal pela falta de planejamento, de compromisso e de competência para combater a pandemia. “O Governo Bolsonaro foi aliado da pandemia. O presidente desdenhou da doença. Dos R$ 500 milhões que foram aprovados em crédito extraordinário no Congresso, apenas 43% foram executados. Menos da metade”, lamentou.

Em relação ao debate sobre um eventual retorno das aulas presenciais nas escolas cearenses, Renato salientou a necessidade de definir diretrizes sanitárias para as atividades educacionais. “Eu queria abrir o debate com a base do Governo. Tive um projeto rejeitado na Comissão de Constituição, Justiça e Redação, mas, precisamos aprovar essas diretrizes sanitárias. Aprovar cuidado ao professor e alunos. Atualmente, cerca de 200 escolas no Ceará, por exemplo, não têm água potável. Isso precisa ser corrigido”, afirmou.

O parlamentar ressaltou também a necessidade de o Poder Legislativo fazer um movimento, junto ao governador, para um requerimento sobre uma renda universal para dar apoio aos miseráveis e aos que passam fome. “A fome voltou junto à pandemia e a política de governo de Bolsonaro. É nossa obrigação lutar para combater a desigualdade, que voltou com força. Precisamos mostrar que quanto maiores e melhores a educação pública, a saúde pública e a distribuição de renda, melhor é a sociedade”, afirmou.

Ao fim do pronunciamento, o deputado parabenizou todos os profissionais que trabalharam durante a pandemia e, emocionado, lembrou a morte de sua mãe, Maria Valda Roseno, que faleceu no dia 14 de maio deste ano, vítima de câncer. (Edição: Felipe Araújo, a partir de informações da ASCOM da AL / Foto: ASCOM da AL)

Áreas de atuação: Saúde