O 7/9 entre a luta social dos democratas e a vassalagem dos bolsonaristas

08/09/25 11:00

No feriado do 7 de setembro, milhares de brasileiros e brasileiras foram às ruas comemorar a independência nacional reafirmando a luta por direitos sociais e a defesa da nossa soberania. Entre os bolsonaristas, no entanto, a data foi celebrada evidenciando a vassalagem e o entreguismo da extrema-direita diante dos Estados Unidos. Em ato organizado em São Paulo por grupos religiosos e apoiadores de Bolsonaro, manifestantes pediram anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro e estenderam uma grande bandeira norte-americana, numa das imagens mais infames da nossa história.

"É surreal! O país enfrenta hoje uma série de retaliações econômicas por parte dos Estados Unidos, articuladas por um deputado federal, Eduardo Bolsonaro, para tentar livrar o pai da cadeia, às custas de milhares de empregos e postos de trabalho. Isso já é alta traição, é um crime de lesa-pátria. Mas não bastasse isso, os bolsonaristas ainda cometem a infâmia de saudar a bandeira norte-americana em pleno feriado da independência do Brasil. Eles se dizem ´patriotas´, mas que patriotismo é esse que celebra a bandeira de um outro país?", comentou Renato Roseno.

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Para o deputado, a democracia brasileira corre riscos. Por isso, o julgamento e a punição de Bolsonaro e seus aliados golpistas é tão necessária. "Defender nossa democracia é defender nossa soberania das ameaças golpistas e dessa vassalagem dos bolsonaristas. As duas coisas estão muito ligadas", afirmou Renato. "A verdadeira independência só será possível quando houver justiça social, igualdade e dignidade para todas e todos. É no 7 de setembro que a voz dos que resistem ecoa mais alto, denunciando as exclusões e apontando caminhos de esperança".

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Renato destaca mobilizações como o Grito dos Excluídos, realizada em várias cidades brasileiras durante o domingo. Em sua 31ª edição, o ato teve como lema “Cuidar da Casa Comum e da Democracia é luta de todo dia”, reunindo movimentos populares, pastorais, povos e comunidades tradicionais, juventudes e militantes em defesa da democracia, meio ambiente e soberania nacional. De acordo com a Secretaria Nacional do Grito, as mobilizações foram realizadas em 25 estados e no Distrito Federal. Apenas o Tocantins não registrou atividades.

Em Fortaleza, a concentração aconteceu na Praça da Paz Dom Hélder Câmara, no bairro Vicente Pinzon. De lá, os manifestantes caminharam até a comunidade Raízes da Praia, no mesmo bairro. (Texto: Felipe Araújo / Fotos: Agência Brasil e Danilo Rodrigues)

Áreas de atuação: Democracia, Política