Iguatu e Quixelô: mandato acompanha demandas de populações da região Centro-Sul

07/08/18 19:00

No distrito de Alencar, em Iguatu, cerca de 8 mil pessoas travam uma dura luta contra a atividade mineradora e a favor da preservação do meio ambiente e de seus recursos hídricos. Renato Roseno esteve na localidade no último domingo (5) e teve a oportunidade de conversar com os moradores e alguns líderes comunitários. No local, há extração de magnésio (magnesita) e, mais recentemente, de granito. Nos últimos anos, entretanto, o número de doenças oncológicas cresceu muito na região e a comunidade alerta que esse quadro tem relação com o contato com contaminantes provenientes da extração dos minérios.

Os moradores também denunciam que os empreendimentos foram licenciados pela Semace sem nenhum tipo de diálogo com a comunidade e sem a devida consulta pública. Em pronunciamento no plenário da Assembleia Legislativa na manhã da última terça-feira, Renato denunciou a situação. "Essas pessoas do distrito de Alencar travam uma luta de décadas contra a poluição ambiental decorrente das atividades de mineração", destacou o parlamentar. Entre outras providências, o mandato É Tempo de Resistência já oficiou a Semace pedindo informações sobre esses licenciamentos e sobre a atual situação dos empreendimentos. Também foi oficiada a Secretaria de Saúde do Estado, com a solicitação de um estudo epidemiológico relacionado às neoplasias naquela região.

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QUIXELÔ - Também no domingo, Renato esteve no distrito de Sítio Gaspar, em Quixelô, onde se reuniu com a população para acompanhar demandas da comunidade. Por lá, a maior reclamação é relativa à falta de informação sobre a situação do povoado. Segundo a comunidade, foi aprovada recentemente uma lei municipal que torna o distrito zona urbana - até então era zona rural - e os moradores não foram devidamente comunicados e esclarecidos sobre a mudança. Além disso, o distrito também se ressente de cobranças abusivas na conta de luz. A ENEL fez uma audiência da qual participaram alguns moradores para discutir esse problema, mas o próprio técnico da empresa não sabia explicar o motivo dos altos custos das cobranças - mesmo entre aqueles que deveriam ter direito às taxas de baixa renda.

Ficou acertado que o mandato vai encaminhar ofício para Câmara Municipal de Quixelô solicitando a lei e o zoneamento correspondente ao processo, como forma de permitir a avaliação dos benefícios e prejuízos que podem ser trazidos para comunidade com a mudança de status do distrito; entre eles, eventuais alterações na concessão de benefícios rurais. Renato também vai solicitar à Câmara Municipal a ata da audiência pública com a ENEL e vai oficiar o PROCON e a Comissão de Defesa do Consumidor sobre essa situação. (Fotos: Nah Jereissati)

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